Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, dia 4, o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, declarou que o foco de gripe aviária registrado em uma granja comercial de Montenegro foi contido com sucesso. Conforme ele, a doença não se espalhou para além da unidade afetada e até o momento não foi verificado nenhum novo caso em aves comerciais. Para Fávaro, isso atesta a qualidade do sistema sanitário brasileiro e a expectativa agora é de reduzir as restrições comerciais.

Atualmente se está no 14º dia do chamado vazio sanitário, que é o período de monitoramento intensivo para garantir que o vírus não circula entre aves de produção. Se nenhum novo foco for identificado até o dia 18 de junho, o país poderá ser considerado livre da gripe aviária em granjas comerciais, possibilitando o retorno gradual das exportações para países que suspenderam a compra de carne de frango.

O caso de Montenegro foi o primeiro a ser registrado em uma granja comercial no país, tendo só ocorrido até então em aves silvestres e de criação doméstica. O Ministério da Agricultura informou que há um novo caso suspeito em Teutônia, distante cerca de 50 km de Montenegro. Foram identificados alguns animais que chegaram no frigorífico com sintomas. Uma amostra foi encaminhada ao laboratório em São Paulo e se aguarda o resultado. Outras três suspeitas, em granjas comerciais, foram descartadas.

Desde o início deste ano foram investigados 451 casos suspeitos, sendo cinco confirmados. Em Montenegro, além de na granja, também em uma ave silvestre, que seria um pássaro João-de-barro. Outro foi em cisnes do Zoológico de Sapucaia do Sul. E os demais em aves silvestres (cisnes e patos), em Brasília e Minas Gerais.