Barreiras sanitárias contra a gripe aviária ocorrem em sete locais

Desde a manhã deste sábado, dia 17, sete barreiras sanitárias estão sendo montadas em rodovias e estradas, dentro de um raio de dez quilômetros da granja do interior de Montenegro onde houve um foco de gripe aviária. São seis barreiras de desinfecção, com a aplicação de desinfetante em caminhões de transporte de animais, ração e outros produtos, situadas em rodovias como a BR-386 e a ERS-124, além de em estradas. E uma sétima barreira serve para o desvio de trânsito, visando impedir a circulação de veículos próximo da propriedade interditada. As barreiras vão funcionar 24 horas, por pelo menos sete dias, com a participação de cerca de 60 agentes da Secretaria Estadual da Agricultura e Comando Ambiental da Brigada Militar.
Até o começo da noite de sábado, já foram instaladas cinco das sete barreiras, que vão ficar em pontos estratégicos. Estão previstas duas barreiras na BR-386, mais uma ao norte na RS-124, outra na TF-10 no sentido Triunfo, e outras três em estradas vicinais, sendo uma de desvio. O objetivo é inspecionar todos os veículos de carga viva de animal, os que transportam ração e fazem coleta de leite, que são veículos que circulam em diversas propriedades rurais. No raio de três quilômetros os automóveis de eio também serão desinfectados. Os pedestres não são o foco da ação.
O diretor adjunto do Departamento de Vigilância de Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Francisco Lopes, explica que as barreiras sanitárias a serem implementadas têm o propósito de isolar o foco de gripe aviária, controlando caminhões com cargas de maior risco. “Trabalhamos com dois raios, um de três quilômetros, onde vão ter duas barreiras de desinfecção e uma de bloqueio; e outro de dez quilômetros, onde serão montadas mais quatro barreiras de desinfecção”, explicou.
Visitas em propriedades
Outras medidas também estão sendo tomadas. Desde que iniciou a suspeita, com a primeira morte de aves, em 8 de maio, começou o monitoramento. O resultado do laboratório, confirmando o foco, ocorreu só na última quinta-feira, 15 de maio. Um total de 17 mil galinhas matrizes de ovos férteis morreram, sendo a grande maioria em decorrência da doença e em torno de 1,6 mil foram sacrificadas. Foi providenciada a incineração e aterramento de materiais, além do processo de desinfecção. Estão sendo cumpridos todos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, que são medidas internacionais. A granja foi isolada, através de vigilância privada.
Também estão sendo visitadas propriedades, entre as 540 cadastradas num raio de dez quilômetros, para verificar se existe mais algum caso. Até o momento só houve morte de aves numa única granja, além de registro de mortandade em pássaros silvestres no Zoológico de Sapucaia do Sul. Todas as empresas avícolas e propriedades de aviários podem continuar produzindo normalmente. “O consumo de carne e ovos não têm qualquer risco para a população”, destaca Rosane Collares, diretora DDA. A tendência é de que, com a suspensão de exportações, terá uma maior oferta dos produtos no mercado nacional. Vários países já anunciaram que estão suspendendo a compra de carne de frango produzida no brasil, como China, Argentina, União Europeia, Chile e Uruguai. Isso deve gerar um forte impacto na economia do Vale do Caí e do Estado, que tem várias propriedades envolvidas com a avicultura e empresas do ramo avícola.

– Crédito: Brigada Militar


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